Turbulências
Realizado no Museu de Arte do Rio- MAR / Dezembro de 2014
Por Turbulências entendemos e buscamos a inquietação de corpos e pensamentos. Entre suas significações estão o alvoroço, a agitação e a desordem – movimentos bruscos que se contrapõem a um estado de apatia. Em outros termos, a inquietude, um desejo latente de romper o limite, um acaso que favoreça deslocamentos ou simplesmente a agitação de um momento ímpar na linha contínua da rotina.
Artistas e pesquisadores expuseram questões relacionadas à três temas centrais: Estado da Arte, Modos de Exposição e Memória e Política. Em pauta, propostas artísticas para o espaço público, imersas na arena comunicacional e o diálogo , o compartilhamento de informações e experiências em torno de eventos artísticos, assim como de suas possíveis implicações políticas e a documentação e seu uso coletivo.
O Grupo Escrita: Arte, História, Crítica, sob coordenação das professoras Sheila Cabo Geraldo e Gisele Ribeiro, tem como uma de suas linhas de força o exercício de escrever nas suas múltiplas apresentações e mutações, exercício que transita entre a arte, a história e a crítica. Tendo sua ênfase no fazer e no criar, propõe uma aproximação do procedimento da própria escritura, enquanto prática poética.
O seminário foi pensado como uma forma de fortalecer a produção da própria escrita como conhecimento reflexivo, mas também a sua divulgação, tão necessária nesse cenário pandêmico em que vivemos hoje. Elaboramos, portanto, um lugar onde artistas, escrevinhadorxs, e pesquisadorxs pudessem se reunir para apresentar o que estão elaborando, contando com os comentários generosos dos nossos convidados.
Presentes nas apresentações e comentários estão poéticas a várias mãos e movimentos, que engendram mundos e devires; corpos que performam insurgências; arquivos que propõem afetos, lutas, escrituras e cartografias; feridas e memórias artísticas, que sangram incessantes.